Mensagem

ARREPENDIMENTO

MSG 806 de 6/10/2020

O futuro de nosso espírito depende diretamente dos sentimentos do coração. Se tivermos um coração bondoso, avaliamos as coisas de maneira agradável ao Senhor, e oportunamente recebemos dele as misericórdias que nos desvia do mal (Mt. 5: 8). É aí que começa o amor ao próximo, recomendado por Jesus como um dos mandamentos necessários para se chegar a Deus (Mc. 12: 33). Os acontecimentos relatados no evangelho mostram isso, evidenciando que o Senhor tem ciência dos nossos pensamentos e atos, e recompensa a cada pessoa segundo o fruto de suas ações (Jr. 17: 10). Para chegar a Deus, todas as pessoas precisam arrepender de seus pecados, e esse tipo de atitude depende da interferência de alguém, que muitas vezes é o próprio Espírito do Senhor. Isso foi mostrado nos acontecimentos ocorridos no calvário, quando os dois ladrões eram condenados por um mesmo tipo de crime. Veja o relato:

      “E um dos malfeitores ... blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, ... com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc. 23: 39 a 43).

       O ladrão arrependido certamente temia a Deus e foi tocado, mudando o sentimento do coração. Mas o outro, usando aquilo que julgava ser sua razão, morreu e foi para o inferno. Aqui está a diferença entre os destinos de quem usa o coração e quem usa razão. Portanto, o caminho certo é buscar a mudança dos sentimentos de nosso coração pela misericórdia divina, e não confiar em nosso próprio entendimento, achando que somos sábios (Pv. 3: 5).

       O arrependimento tem um valor inestimável para Deus. Mas é impossível o adquirirmos por nós mesmos. Depende de se ter humildade para aceitar a ação externa de alguém, pois nunca percebemos sozinhos quando estamos no caminho errado. Isso quer dizer que os arrogantes, que se acham donos da verdade, jamais descobrem que estão caminhando para a perdição, muitas vezes levando com ele milhões de almas. O que aconteceu no passado com o rei Davi, exemplifica o valor da humildade. Davi estava em grande pecado, e não percebia isso. Se o profeta não o alertasse, ele jamais sentiria que estava errado. Veja a condenação que ele aplicaria num possível transgressor diante dos fatos narrados pelo profeta (2 Sm. 12: 1 a 4). Eis o texto:

       “Então, o furor de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o SENHOR, que digno de morte é o homem que fez isso. E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. Então, disse Natã a Davi: Tu és este homem...” (2 Sm. 12: 5-6-7).  

       O temor de Deus e a humildade levou Davi ao arrependimento, e ele retornou ao caminho certo, mudando os sentimentos de seu coração. Isso mostra que se ele fosse arrogante, jamais acolheria o alerta do profeta, e morreria no erro, por achar que estava com a razão e poderia usá-la como quisesse. Portanto, amigo, devemos pedir a Deus para nos dar o espírito de arrependimento todas as vezes que, aos olhos do Todo-poderoso, estivermos errados.   

       Que o Senhor nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                                       Natanael de Souza