Mensagem

O DÍZIMO É VOLUNTÁRIO

MSG 959 de 29/01/2024

       Encontramos a verdadeira razão do uso do dízimo no tempo da Graça, quando o examinamos a partir de sua origem.  Erroneamente, muitos o usam com base na lei de Moisés; mas muito antes desse tempo esse tipo de oferta a Deus já existia. Ele foi obrigatório apenas para o povo de Israel, devido a necessidade de manter a tribo de Levi, que se dedicava exclusivamente ao serviço do Senhor. Mas essa modalidade de oferta já existia desde o tempo de Abraão, que a fez espontaneamente quando foi abençoado por Melquisedeque, rei de Salém e Sacerdote da época, a cuja ordem sacerdotal pertence Jesus. Veja como foi o início. Eis o texto:
       “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, ... E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.” (Gn. 14: 18-19-20).

      Já naquele tempo, ao inspirar Melquisedeque a trazer pão e vinho, Deus prefigurava o corpo e o sangue de Jesus, que centenas de anos depois veio a ser o símbolo da Nova Aliança de salvação. A postura de Abraão, em ofertar o dízimo por ser Melquisedeque sacerdote do Deus altíssimo, se tornou tradição para quem quer agradar a Deus. Tanto que Jacó, seu neto, muitos anos depois, também a usou quando viajava para a terra de Labão (Gn. 28: 21-22). Portanto, o dízimo, destinado à manutenção da obra de Deus, só era obrigatório na Lei de Moisés; mas fora disso, é uma das formas de agradar ao Senhor, quando queremos que nossos bens prosperem. É evidente que os seguidores de Jesus, vivendo uma Nova Aliança, não eram obrigados a dar o dízimo mesmo porque a Nova Aliança trouxe um sistema evoluído, onde tudo se faz pelo livre arbitro, ou seja, voluntariamente (1 Pe. 5: 2). Entretanto, isso não invalida sua existência como via de se suprir os custos da obra do Senhor. No evangelho do reino, anunciado por Jesus, não se faz referência ao dízimo, e nem precisava, pois ele é uma das formas de agradar a Deus, sinalizando ao Senhor o pedido de prosperidade financeira. É uma das atitudes que Abraão tomou para agradar a Deus, e se queremos ser abençoados como foi Abraão, devemos procurar o emitá-lo, mesmo porque Jesus é o nosso sacerdote da ordem de Melquisedeque. Veja o que Deus inspirou a Davi, através de um salmo que diz respeito a Jesus. Eis o texto:
 
      “O teu povo será mui voluntário no dia do teu poder; nos ornamentos de santidade, desde a madre da alva, tu tens o orvalho da tua mocidade. Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Sl. 110: 3-4).  
       Jesus é o sacerdote eterno da ordem de Melquisedeque desde sua ascenção. Portanto, como filhos de Abraão, devemos também agradar a Deus por meio de nossos dízimos, para que o Senhor venha a prosperar tudo o que pusermos as mãos, sabendo que no evangelho de Jesus, nada é obrigatório (1 Pe. 5: 2). Em nosso tempo, é prudente examinar os frutos da instituição a que nos ligamos, pois os falsos mestres estão espalhados pela face da terra, e temos de ter certeza do destino do dinheiro que investimos no evangelho do Senhor. Portanto, quem não quiser agradar a Deus, não vai ser punido por isso; mas também não pode reclamar dos distúrbios causados pelo inimigo.

       Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.
 
                                                   Natanael de Souza