Mensagem

JUSTIÇA DIVINA

MSG

     Jesus mostrou que a justiça divina, que devemos aprender e praticar para cumprir os mandamentos do evangelho, está muito acima da justiça dos homens (Mt. 5: 20). Isso mostra que o cristianismo é uma grande evolução na caminhada do aperfeiçoamento espiritual que temos de percorrer para herdar a salvação, ou seja, para alcançar o descanso da alma após a morte (Hb. 4: 9). Portanto, em nossos relacionamentos, temos de levar em conta que não basta tomar a justiça terrena como parâmetro para achar que estamos certos diante do Senhor. Precisamos ir além, ou seja, mesmo tendo razão pela justiça terrena, devemos examinar se não estamos ferindo a justiça divina. É por isso que muitas vezes temos de tolerar afrontas que, perante os costumes do mundo, nos dá razão; mas perante a Deus é abominável. Por essa causa, Jesus nos mandou buscar a perfeição. Veja o texto: 

     “Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” (Mt. 5: 46–47-48).

      Começa aí o sacrifício que nós, seguidores de Cristo, devemos observar, pois se somos a luz do mundo, essa luz tem de ser sentida por aqueles que vivem nas trevas do espírito. Nesse sentido, a luz representa o conhecimento espiritual, ou seja, o alinhamento de nossas ações, de acordo com a vontade de Deus relatada nas Escrituras, mesmo porque Deus nos julga segundo nossas obras, e o fruto que elas produzem na vida daqueles com quem nos relacionamos (Jr. 17: 10). Diante dele, nossos pensamentos e ações não passam sem ser anotados, e quando perdemos o corpo e vamos viver em vida espiritual, a observação do que fizemos ou deixamos de fazer, é o fiel da balança para definir o destino de nossa alma (Jo. 12: 48). Creia ou não todas as pessoas passam por esse caminho, pois o Senhor vai se basear naquilo que Jesus mandou cumprir (Dt. 18: 18-19). Isso quer dizer que quando deixamos de perdoar, ou praticamos a vingança, mesmo sabendo que Jesus nos recomendou a não resistir, nossa atitude pode até ser aprovada pela lei dos homens; mas perante a lei divina ela não é aprovada, pois não fizemos o que Jesus mandou. Um dos pontos que mais nos coloca no cumprimento da justiça divina, é a prática da lei do amor. Veja o que disse o apóstolo Paulo. Eis o texto:

      “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Co. 13: 4 a 7).

       As pessoas pensam que praticando a justiça da terra, vão ser aprovado diante de Deus. Mas é preciso tomar muito cuidado com isso, pois em muitos pontos Jesus manda ir além. É por isso que ele nos manda negar a nós mesmos para o seguir (Mc. 8: 34). À primeira vista, parece fácil ser discípulos de Jesus, fazendo o que ele mandou para chegarmos ao conhecimento da verdade. Mas no momento em que começamos a matar nosso ego, chegamos à conclusão que é muito mais desafiador do que pensamos. Essa é a razão de muitos cristãos enganarem a si mesmos, pensando que sua alma vai ser salva, e se decepcionando depois da morte.

       Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.
 
                                                         Natanael de Souza